Um olhar para nossos adolescentes!

março 19, 2019 11:30 am

Uma tragédia silenciosa pode estar se desenvolvendo em alguns de nossos lares. Vemos pais digitalmente distraídos, permissivos, sem regras e rotinas que estão deixando seus filhos se empoderarem de armas tecnologicamente devastadoras para adolescentes, que muitas vezes foram privados de conceitos básicos de uma infância saudável, algo que tem acontecido ao longo dos últimos anos.

Mas disso já sabemos. O que está faltando então? O que é possível fazer para preservar nossos adolescentes das estatísticas alarmantes, nas quais se observa um aumento no índice de depressão e suicídios na adolescência?

Há pouco tempo atrás, tivemos a morte de um menino de 14 anos que fazia o “jogo do desodorante”, aqui perto de nós (Alvorada/RS) que chocou muitas pessoas, pois demonstrou o poder de persuasão das redes sociais, principalmente de quem está do outro lado da tela. A quem devemos culpar? Acredito que todos nós, pois não estamos percebendo que os adolescentes estão sendo influenciados a cometerem atos inconsequentes. A perda de um filho é inimaginável para uma mãe, pois daria a vida por ele.

A tragédia de Suzano/SP nos remete a pensar qual a nossa responsabilidade nestes casos e, sobretudo, de que forma estamos cuidando dos nossos filhos e o quanto estamos acompanhando seus acessos às redes sociais.

Os adolescentes de hoje não são como os de décadas passadas e, neste sentido, a maioria dos pais não acompanham essas mudanças e acabam não sabendo o que fazer.

Quando nossos filhos nascem, não temos uma cartilha, mas devemos, por ter tanta informação à disposição, estudar e saber como educá-los para serem adultos felizes.

Devemos viver os momentos com nossos filhos sem precisar de um suporte tecnológico para nos aproximar (temos que parar de falar “Eu te amo” apenas pelas redes sociais). Devemos conversar mais, dar responsabilidades e limites, mostrar que nem sempre o que eles querem é aquilo que eles precisam, devemos dar carinho, atenção e amor. Sair juntos e jantar em família, já que durante o dia temos a rotina do trabalho.

Dar autonomia e ensiná-los a cuidarem de si e de seus amigos, fazer nossos filhos pensarem e refletirem sobre suas frustrações faz parte do crescimento deles, assim como saber dizer “NÃO” para eles quando necessário e os motivos que nos levaram a isso.

Educar é uma responsabilidade muito grande e requer informação e estudo, mas acima de tudo, educar para uma vida saudável e feliz é sensacional.

Seja o melhor que você pode ser para seus filhos!